Intestino preso na gestação
A gestação é um período cheio de alegrias e sensações agradáveis, mas também de alguns desconfortos. Entre eles está a constipação intestinal.
A constipação intestinal, ou intestino preso, como é popularmente conhecida, é um sintoma, e não uma doença, que pode estar relacionado a uma série de condições de saúde ou de fase de vida.
E o que contribui para prisão de ventre?
Há várias razões de diferentes naturezas que podem contribuir para a
prisão de ventre no período gestacional, as quais podem atuar de forma mais ou menos intensa, dependendo da mulher.
Os fatores relacionados ao padrão alimentar são bastante importantes, destacando-se hábitos como a baixa ingestão de água; o aumento do consumo de alimentos refinados e pobres em fibras – e a baixa ingestão de frutas, verduras e legumes, os quais contribuem para a ingestão adequada de uma série de nutrientes, incluindo diferentes tipos de fibras.
Outros fatores estão mais relacionados a particularidades da gestação, como é o caso da eventual necessidade de suplementação de ferro, o que costuma dar início ou promover piora do sintoma; e também da redução do nível de atividade física, seja por recomendação médica (em casos de gestações de risco) ou por desconforto da gestante.
Ainda, precisamos considerar as alterações que o corpo da gestante apresenta naturalmente, que podem exercer grande impacto, como é o caso da redução da capacidade do intestino em promover a movimentação do bolo fecal, fator fortemente influenciado pelas alterações hormonais dessa fase, que aumentam o tempo de passagem dos alimentos pelo intestino.
E o que fazer para melhorar?
Para melhorar o funcionamento do intestino, a adoção de hábitos alimentares adequados e estilo de vida saudável é fundamental não só durante a gravidez, mas por toda a vida.
O ideal é evitar o uso de medicamentos e fazer a correção do hábito intestinal por meio da mudança alimentar. Aumentando a ingestão de líquidos e fibras e reduza o consumo de alimentos constipantes como maçã, cenoura, batata e arroz branco, por exemplo.
Aumentar o consumo de folhas verdes em geral, castanha-do-pará,
linhaça, chia, laranja (com bagaço), mamão, ameixa, pães e massas integrais. A suplementação com prebióticos e probióticos pode ser uma
alternativa para manutenção de uma flora intestinal saudável, inclusive durante a gestação.
Texto por Ana Caroline Setti – Nutricionista Materno Infantil
CRN 8-12764 Instagram @carolsettinutri