Amamentação: as três fases do leite materno
A amamentação tem diversos benefícios, entre eles a reduzir o risco de doenças, além de estimular o desenvolvimento físico e cognitivo do bebê. Mas você sabia que existem fases do leite materno? Que ele passa por algumas mudanças nos primeiros dias após o início da amamentação?
O leite materno é um complexo fluído que fornece a quantidade de água e nutrientes necessários para o bebê. Contém proteínas, lipídeos e carboidratos que são absorvidos pelo organismo da criança.
Mas, ao contrário do que muita gente pode acreditar, o leite da mãe não é igual o tempo todo. Na verdade, ele sofre alterações durante todo o período de amamentação para se adaptar às necessidades do bebê. Existem três fases do leito materno: o colostro, o leite de transição e o leite maduro.
Primeira Fase: Colostro
É a primeira substância produzida pelo peito materno. Tem um aspeto cremoso e amarelado ou transparente e, apesar de ser produzido em pequena quantidade, tem na sua constituição todos os nutrientes necessários para alimentar adequadamente o recém-nascido.
O colostro é rico em anticorpos que ajudam a reforçar as defesas naturais do bebê protegendo-o contra doenças e infecções. Tem um baixo teor em gorduras e calorias, é de fácil digestão, tem uma função protetora do tubo digestivo e um efeito laxante que ajuda o recém-nascido a eliminar o mecónio (as primeiras fezes) e a limpar do tubo digestivo. Também previne a icterícia neonatal devido à eliminação de bilirrubina do intestino.
Segunda Fase: Leite de Transição
A quantidade de leite aumenta entre o 6° e o 15° dia após o nascimento do bebê. E sua composição também é alterada: ele se torna mais rico em gorduras e nutrientes que contribuem para o desenvolvimento e o crescimento da criança.
Terceira Fase: Leite Maduro
Cerca de 15 dias após o parto, o leite de transição evolui para o leite maduro, produzido em maior quantidade. Rico em gorduras, hidratos de carbono e proteínas, tem todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento físico e cognitivo da criança.
É importante lembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento exclusivo nos 6 primeiros meses de vida, podendo ser prolongado até os 2 anos ou mais.